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Máscaras PFF2 acabam em algumas farmácias de BH; confira onde comprar

Lojas de material de construção e sites especializados também vendem a opção, considerada a mais segura na prevenção contra a Covid-19

Por GABRIEL RODRIGUES

Algumas farmácias de Belo Horizonte registram falta de máscaras do tipo PFF2, ou N95, que garantem a filtragem do ar e diminuem a chance de contato com o coronavírus. Elas têm sido recomendadas por especialistas neste momento de alta de casos, dada a elevada transmissibilidade da variante ômicron e, com a demanda aquecida, tornaram-se mais escassas em alguns estabelecimentos. Embora ainda encontre a opção nas drogarias, o consumidor pode ter mais facilidade para comprá-las pela internet ou em lojas de material de construção atualmente, segundo os fornecedores.

Consumidores relatam a falta do item em várias drogarias da cidade e a reportagem apurou que há escassez em pelo menos três unidades da Drogaria Araujo — nas regiões Nordeste, Norte e Pampulha — e em uma unidade da drogaria Pacheco na região central, por exemplo. Nas drogarias onde os itens ainda são vendidos, o preço varia de R$ 3,59 a R$ 9. Procurada pela reportagem, a Drogaria Araujo afirmou que passou por um aumento de procura pelas máscaras nos últimos dias, o que pode ter causado desabastecimento temporário em algumas unidades, porém o estoque central está abastecido. “Caso não tenha máscara em alguma loja Araujo, orientamos questionar ao nosso atendimento em qual loja mais próxima o produto poderá ser encontrado”, recomenda a rede, por meio de nota. A reportagem também procurou a Pacheco e aguarda retorno.

A Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), que reúne os produtores do item, gerente que não há risco de desabastecimento geral. “De março de 2020 até agora, passamos de uma produção mensal de 14, 15 milhões de máscaras para pelo menos 50 milhões. Antes, 28 fabricantes produziam no país, agora são 68”, detalha o diretor executivo da associação, Raul Casanova Junior

Ele diz que as máscaras eram vendidas pelos fabricantes por cerca de R$ 1 em dezembro do último ano, e o preço médio subiu R$ 0,30 atualmente, com o aumento da demanda. “Sempre indico que as pessoas comprem em lojas de material de construção, onde as máscaras são mais baratas e costuma ter mais, porque essas lojas sempre venderam. As farmácias não costumavam vender antes da pandemia”, diz.

Confira como utilizar cada tipo de máscara:

Site indica lojas onde comprar PFF2 online

projeto PFF Para Todos lista uma série de estabelecimentos onde é possível encontrar máscaras PFF2 de diferentes modelos, tanto em lojas físicas quanto online. Ele também dá dicas de como utilizar o item de segurança adequadamente.

O diretor executivo da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg) Raul Casanova Junior explica que a vedação da PFF2 no rosto é um dos pontos mais importantes ao utilizar uma máscara desse tipo. “Se a respiração embaça os óculos, está errado. Cada rosto se acostuma mais a algum modelo”, pontua.

A vedação ideal da máscara não permite que o ar escape pelas bordas do acessório, de forma que a pessoa respire apenas pelo filtro da máscara. O perfil do Instagram Qual Máscara?, dedicado à divulgação de cuidados com a Covid-19, dá dicas de marcas ideais para cada tamanho de rosto.

Existem máscaras PFF2 com elástico atrás da orelha, porém o mais recomendado é utilizar as máscaras com elástico no alto da cabeça e na nuca, já que elas tendem a vedar melhor. Especialistas pedem cuidado com o uso das máscaras do tipo KN95, já que muitas delas não passaram por aprovação de eficácia no Brasil.

Para garantir que a máscara seja eficaz, é necessário checar se ela possui um Certificado de Aprovação (CA), documento emitido pelo Ministério do Trabalho que atesta que ela passou por ensaios de segurança. O número geralmente está inscrito na embalagem e pode ser conferido no site do ministério.

Ministério do Trabalho recomenda PFF2 para ‘grupo de risco’

Uma portaria conjunta do Ministério do Trabalho e Previdência e do Ministério da Saúde, publicada nessa terça-feira (25), recomenda que os trabalhadores de grupos com maior risco em desenvolver formas graves da Covid-19 — idosos e pessoas com imunossupressão, por exemplo — devem ser preferencialmente colocados em trabalho remoto. Caso não seja possível, o empregador deve fornecer máscaras cirúrgicas ou do tipo PFF2, de acordo com o texto.

Em Belo Horizonte, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) pleiteia o adiamento da volta das aulas presenciais e pede a garantia de disponibilização de máscaras PFF2 aos trabalhadores.

O governo do Ceará passou a exigir, a partir desta semana, que quem trabalha diretamente com o público – em supermercados e farmácias, por exemplo — utilize máscaras do tipo PFF2. Com a exigência, a imprensa local noticia escassez dos itens nas farmácias da capital Fortaleza.

Fonte: O Tempo, 26 de janeiro de 2022

Foto: Reprodução/ O Tempo

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